quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Técnicas Análise de Risco

CONCEITO DE RISCO

A noção de risco tem a ver com a possibilidade de perda ou dano, ou como sinônimo de perigo.
A palavra risco é utilizada em muitas áreas e com vários significados.
Explicação dos Termos Fundamentais
Risco - Uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário para causar danos.

Esses danos podem ser entendidos como lesões as pessoas, danos a equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou redução da capacidade de produção.

Havendo um risco, persistem as possibilidades de efeitos adversos.
Perigo - Expressa uma exposição relativa a um risco, que favorece a sua materialização em danos
Um risco pode estar presente, mas pode haver baixo nível de perigo, devido às precauções tomadas.

Assim, um banco de transformadores de alta Tensão possui um risco inerente de eletrocussão, uma vez que esteja energizado.

Há um alto nível de perigo se o banco estiver desprotegido, no meio de uma área onde circulam pessoas.

O mesmo risco estará presente quando os transformadores estiverem trancados num cubículo sob o piso por exemplo.

Entretanto, o perigo agora será mínimo para as pessoas.

Vários outros exemplos poderiam ser citados, para mostrar como os níveis de perigo diferem, ainda que o risco se mantenha o mesmo.

 Danos –
É a gravidade (severidade) da perda-humana, material, ambiental ou financeira que pode resultar, caso o controle sobre um risco seja perdido.
Um operário desprotegido pode cair de uma viga a 3 m de altura, e sofrer um dano físico, por exemplo, uma fratura na perna.

Se a viga estivesse a 90 m de altura, ele, com certeza, estaria morto.

O risco (possibilidade) e o perigo (exposição) de queda são os mesmos. Entretanto, a diferença reside na gravidade do dano que poderia ocorrer com a queda.

 Causa - É a origem de caráter humano ou material relacionado com o evento catastrófico (acidente ou falha), resultante da materialização de um risco, provocando danos.
 Segurança - É freqüentemente definida como isenção de riscos. Entretanto, é praticamente impossível a eliminação completa de todos os riscos. Segurança é, portanto, um compromisso acerca de uma relativa proteção de exposição a riscos. É o antônimo de perigo.
 Risco - Expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um período específico de tempo ou número de ciclos operacionais.
 Incerteza quanta à ocorrência de um determinado evento.
 Chance de perda que uma empresa pode sofrer por causa de um acidente ou série de acidentes.
 Perdas ou Sinistro- É o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de ressarcimento por seguro ou outros meios.
 Incidente - Qualquer evento ou fato negativo com potencial para provocar danos.
 É também chamado de quase-acidente.
 Terminologia
 RISCO: Como vimos, é uma condição (de uma variável) com potencial para causar danos.
Exemplos:

RISCO:
Como vimos, é probabilidade de possíveis danos dentro de um período de tempo definido ou ciclos operacionais.
PERIGO: Parâmetro que caracteriza uma relativa exposição a um risco. É a exposição que favorece a “materialização” do risco como causa de um fato catastrófico (acidente) e dos danos resultantes.



Por exemplo:

Situação: Trabalho em LIMPEZA de peças com solventes.

Como Conhecer os Riscos nos Locais de Trabalho

Os riscos nos locais de trabalho estão relacionados às características do processo do trabalho, seu ambiente e organização. Por isso, uma primeira etapa consiste no reconhecimento dos principais riscos existentes dentro das atividades executadas.
Todo o processo de trabalho e toda atividade de trabalho sejam eles exercidos no campo, em fabricas ou dentro de escritórios, podem possuir diferentes riscos simultaneamente.
Mesmo quando se levantam prioridades para um setor ou categoria, a análise e prevenção de risco somente serão plenamente levadas a cabo quando realizada no cotidiano (dia a dia) dos locais de trabalho, junto com os trabalhadores que vivenciam suas situações particulares.
Para conhecer e sistematizar o processo de trabalho algumas técnicas e documentos podem ajudar bastante.

Estes documentos podem ser:

 Descrição das principais características da empresa;
 Equipes e jornadas de trabalho;
 Detalhamento dos locais de trabalho;
 Descrição detalhada das tarefas e atividades realizadas (Análise Prevencionista da Tarefa) APT.

Análise Prevencionista de Tarefas – APT

 É a descrição detalhada das Etapas que compõem uma dada Tarefa, identificando os Riscos de acidentes ou doenças ocupacionais de cada Etapa, e respectivas providências e procedimentos para garantir uma execução segura.
 Cada APT é apresentada em Formulário padrão com 3 colunas, sendo a 1ª para descrever as Etapas, a 2ª para identificar os Riscos e a 3ª para especificar as Medidas Prevencionistas recomendadas.
 Ao definir os Objetivos para o ano, cada Supervisor deverá apresentar a Lista de Tarefas Críticas (LTC), para as quais planeja elaborar ou revisar APTs em conjunto com sua equipe, indicando o prazo para cada uma. Cada equipe deverá elaborar ou revisar pelo menos uma APT por mês. Sempre que for detectada necessidade, novas Tarefas poderão ser acrescentadas à Lista e ao cronograma.
 É responsabilidade da equipe elaborar ou revisar as APTs,, sendo que os colaboradores receberão treinamento específico sobre APTs.
 Independente disso, sempre que se tratar de tarefa, processo ou equipamento complexo, poderá ser pedida ajuda a outros profissionais, durante ou após o trabalho de Análise.
 Esta ajuda pode ser muito útil nas revisões periódicas, pois devem ser feitas como forma de aprendizado, mesmo que não pareçam ter muitas novidades.
 Pessoas de fora da equipe podem trazer uma nova visão,
 enriquecendo o processo.
 Depois de elaborada ou revisada, uma APT deve ficar facilmente disponível (de preferência plastificada e pendurada no local da tarefa) para ser consultada pelos colaboradores antes da execução da tarefa, lendo no local e seguindo suas recomendações . O objetivo é que todas as tarefas com potencial de risco sejam realizadas utilizando-se APT.
 A Lista de Tarefas Críticas e as APTs devem ficar disponíveis não só para a equipe mas para consulta de qualquer outro colaborador. Equipes de diferentes áreas devem procurar comparar e compartilhar o que há de bom nas suas APTs , sendo que Tarefas idênticas, mesmo em áreas diferentes, deveriam ter APTs iguais. Cada equipe deve ter pelo menos um conjunto em pasta própria, além dos exemplares plastificados avulsos que forem necessários. É responsabilidade do Supervisor garantir que todos conheçam a Lista e as APTs, que a quantidade de exemplares é suficiente e que todas as cópias sejam da revisão mais recente.
 Sempre que houver necessidade de executar uma tarefa nova, que não seja usual ou rotineira, recomenda-se que seja feita uma avaliação de seus riscos usando APT. Isto é obrigatório em situações como :

 Serviços não usuais de Manutenção, construção ou montagem
 Partida de novos equipamentos
 Novos produtos, processos ou procedimentos

Mesmo no caso de já terem sido incluídas recomendações prevencionistas numa Instrução, é responsabilidade do Supervisor fazer o levantamento das Tarefas Críticas e discuti-las com a Área de Segurança, encaminhando para decisão da Gerência. Em caso de dúvida, a APT deverá ser elaborada e colocada disponível.

Critérios de Medição:


 A verificação do conhecimento das APTs e do seu uso correto e freqüente pelos colaboradores será avaliada em cada Inspeção de Segurança, observando, questionando e checando pessoalmente.

Responsabilidades Gerais

 É responsabilidade do Gerente da Empresa assegurar a implementação deste Programa e garantir o cumprimento de seus procedimentos e recomendações, liderando com seu exemplo na prática.
 É responsabilidade da Área de Segurança do trabalho elaborar atualizações deste Programa, obter aprovações, emitir e divulgar
 A Área de Segurança do Trabalho deverá acompanhar seu andamento constantemente, verificando sua aplicação, dando suporte e orientando os Colaboradores quando necessário, assegurando continuidade das ações, recebendo e processando dados para Medição da aplicação e resultados do Programa, e disseminando as informações que possam ser úteis.
 O setor de Manutenção deverá priorizar o atendimento aos serviços relativos a Riscos detectados, principalmente os que são Iminentes e com potencial para danos graves. Estas pendências deverão ser encaminhadas com especial atenção.
 A atuação dos Supervisores de área é considerada de essencial importância para o sucesso, devendo suas atitudes e ações mostrar exemplo de responsabilidade, comprometimento e envolvimento para com os aspectos de Segurança. (Entende-se como Supervisor de área aquele que tem subordinados trabalhando em áreas de exposição a riscos)
 É dever de todos os colaboradores procurar conhecer e dar apoio a este Programa, assumindo sua obrigação de co-responsabilidade e, acima de tudo, trabalhando sempre com atitudes pró-ativas de segurança.
 As Chefias dos diversos níveis devem assegurar que todos os recursos, organização e procedimentos estão providenciados; colaboradores sejam orientados e treinados; documentação e instalações requeridas estão disponíveis; para garantir atendimento contínuo da Instrução Normativa da Empresa.
MODELO DE CONTROLE DE RISCO (ANÁLISE PREVENCIONISTA DA TAREFA)



























Resumo

RISCO: Uma ou mais condição com potencial para causar danos a pessoa; equipamentos e instalações; ambiental; material.
PERIGO: É a exposição relativa a um risco, que favorece a sua materialização em danos.
DANOS: É a gravidade da perda (humana; material; ambiental; financeira).
CAUSA: É a origem de caráter humano ou material, relacionado com o evento (acidente ou falha).
SEGURANÇA: É o antônimo de perigo.
PERDAS OU SINISTRO: É o prejuízo sofrido por uma empresa, sem garantia de ressarcimento por seguro ou outro forma.
INCIDENTE: Qualquer evento ou fato negativo

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