sábado, 31 de outubro de 2009

35-MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


10.2.9 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR- 6.

NR 6 - Equipamento de Proteção Individual

6.1 - Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
6.1.1 - Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
6.2 - O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importada, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. (206.001-9 /I3)
6.3 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; (206.002-7/I4)
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; (206.003-5 /I4)
c) para atender a situações de emergência. (206.004-3 /I4)
6.4 - Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.


ANEXO I


A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 – Capacete

a) Capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;
c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.


A.2 – Capuz


a) Capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de produtos químicos;
c) capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de contato com partes giratórias ou móveis de máquinas.



B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 – Óculos


a) Óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos.



B.2 - Protetor facial


a) Protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de partículas volantes;
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de produtos químicos;
c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação infravermelha;
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa




B.3 - Máscara de Solda


a) Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação ultravioleta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação infravermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra luminosidade intensa.




C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA.


C.1 - Protetor auditivo


a) Protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II.




D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 - Respirador purificador de ar.


a) Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;
b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;
c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50 ppm (parte por milhão);
e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases emanados de produtos químicos;
f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e gases emanados de produtos químicos;
g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos.
D.2 - Respirador de adução de ar.

a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;
b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;

D.3 - Respirador de fuga

a) Respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosos à Vida e à Saúde ou com concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.


E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO.


E.1 - Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de água.






3 - Máscara de Solda


a) Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação ultravioleta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação infravermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra luminosidade intensa.



F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES.

F.1 – Luva




a) Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

F.2 - Creme protetor

a) Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos, de acordo com a Portaria SSST nº 26, de 29/12/1994.

F.3 – Manga
a) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;
b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;
d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com uso de água;
e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.
F.4 - Braçadeira
a) Braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.

F.5 – Dedeira

a) Dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.


G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 – Calçados.

a) Calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e escoriantes;
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.


G.2 – Meia.
a) Meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas


G.3 – Perneira

a) Perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;
d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de água.


G.4 – Calça

a) Calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos;
c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água.





H – EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO.

H.1 – Macacão.
a) Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas;
b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;
d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água.

H.2 – Conjunto

a) Conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;
c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água;
d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas.

H.3 - Vestimenta de corpo inteiro.

a) Vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos;
b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com água.

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL.

I.1 - Dispositivo trava-queda.

a) Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.

I.2 – Cinturão

a) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura.

Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, depois de observado o disposto no subitem 6.4.1.

6.4.1 - As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.
6.5 - Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
6.5.1 - Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do trabalhador.
6.6 - Cabe ao empregador
6.6.1 - Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; (206.005-1 /I3)
b) exigir seu uso; (206.006-0 /I3)
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; (206.007-8/I3)
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; (206.008-6 /I2)
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; (206.009-4 /I2)
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, (206.010-8 /I1)
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-6 /I1)
6.7 - Cabe ao empregado
6.7.1 - Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
6.8 - Cabe ao fabricante e ao importador.
6.8.1. - O fabricante nacional ou o importador deverá:
a) cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; (206.012-4 /I1).
6.9 - Certificado de Aprovação - CA
6.9.1 - Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;
c) de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação desta Norma, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, sendo que nesses casos os EPI terão sua aprovação pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de fabricação, podendo ser renovado até 2006, quando se expirarão os prazos concedidos; e,
d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos após a data da publicação desta NR, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, caso em que os EPI serão aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de fabricação.
6.9.2 - O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1.
6.9.3 - Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA. (206.022-1/I1)
6.9.3.1 - Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.
6.10 - Restauração, lavagem e higienização de EPI
6.10.1 - Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão definidos pela comissão tripartite constituída, na forma do disposto no item 6.4.1, desta NR, devendo manter as características de proteção original.
6.11 - Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE
6.11.1 - Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:
a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;
c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;
d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
e) fiscalizar a qualidade do EPI;
f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e,
g) cancelar o CA.
6.11.1.1 - Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de referência, além de outros requisitos.
6.11.2 - Cabe ao órgão regional do MTE:
a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
b) recolher amostras de EPI; e,
c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR.
6.12 - Fiscalização para verificação do cumprimento das exigências legais relativas ao EPI.
6.12.1 - Por ocasião da fiscalização poderão ser recolhidas amostras de EPI, no fabricante ou importador e seus distribuidores ou revendedores, ou ainda, junto à empresa utilizadora, em número mínimo a ser estabelecido nas normas técnicas de ensaio, as quais serão encaminhadas, mediante ofício da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, a um laboratório credenciado junto ao MTE ou ao SINMETRO, capaz de realizar os respectivos laudos de ensaios, ensejando comunicação posterior ao órgão nacional competente.
6.12.2 - O laboratório credenciado junto ao MTE ou ao SINMETRO, deverá elaborar laudo técnico, no prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento das amostras, ressalvados os casos em que o laboratório justificar a necessidade de dilatação deste prazo, e encaminhá-lo ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, ficando reservado a parte interessada acompanhar a realização dos ensaios.
6.12.2.1 - Se o laudo de ensaio concluir que o EPI analisado não atende aos requisitos mínimos especificados em normas técnicas, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho expedirá ato suspendendo a comercialização e a utilização do lote do equipamento referenciado, publicando a decisão no Diário Oficial da União - DOU.
6.12.2.2 - A Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT, quando julgar necessário, poderá requisitar para analisar, outros lotes do EPI, antes de proferir a decisão final.
6.12.2.3 - Após a suspensão de que trata o subitem 6.12.2.1, a empresa terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa escrita ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.
6.12.2.4 - Esgotado o prazo de apresentação de defesa escrita, a autoridade competente do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - DSST, analisará o processo e proferirá sua decisão, publicando-a no DOU.
6.12.2.5 - Da decisão da autoridade responsável pelo DSST, caberá recurso, em última instância, ao Secretário de Inspeção do Trabalho, no prazo de 10 (dez) dias a contar da data da publicação da decisão recorrida.
6.12.2.6 - Mantida a decisão recorrida, o Secretário de Inspeção do Trabalho poderá determinar o recolhimento do(s) lote(s), com a conseqüente proibição de sua comercialização ou ainda o cancelamento do CA.
6.12.3 - Nos casos de reincidência de cancelamento do CA, ficará a critério da autoridade competente em matéria de segurança e saúde no trabalho a decisão pela concessão, ou não, de um novo CA.
6.12.4 - As demais situações em que ocorra suspeição de irregularidade, ensejarão comunicação imediata às empresas fabricantes ou importadoras, podendo a autoridade competente em matéria de segurança e saúde no trabalho suspender a validade dos Certificados de Aprovação de EPI emitidos em favor das mesmas, adotando as providências cabíveis.
VESTIMENTAS
10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.
10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.



VESTUÁRIO

Todo empregado deve cuidar de sua higiene pessoal, e apresentar-se ao trabalho com seu uniforme limpo e em ordem.
Não é permitido o uso de cabelos longos, roupas soltas, anéis, relógios, pulseiras, correntes de metal, tamancos, sandálias, chinelos, tênis, celulares e outros objetos de uso pessoal, inconvenientes e perigosos para o trabalho.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

34-MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

34-MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotados, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.
10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.

Tensão de Segurança

Pode definir-se “Tensão de Segurança” como o valor máximo de tensão a que uma pessoa pode estar sujeita, durante um período de tempo determinado, sem sofrer perigo de eletrocussão:

Se admitirmos como uma corrente perigosa para indivíduos normais de 50 mA (caso extremo), com uma resistência do corpo humano de 500W (caso extremo), verificamos que a tensão correspondente a que a pessoa tem de estar sujeita é de 25V. Não se tendo verificado nenhuma eletrocussão com menos de 50V, considera-se ser esta a Tensão Reduzida de Segurança (TRS).

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA

No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas e em suas proximidades devem ser previstos e adotados prioritariamente equipamentos de proteção coletiva.

Os EPC são dispositivos, sistemas, fixos ou móveis de abrangência coletiva, destinados a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.

As ferramentas utilizadas nos serviços em instalações elétricas e em suas proximidades devem ser eletricamente isoladas, em especial àquelas destinadas a serviços em instalações elétricas energizadas.

Abaixo citamos alguns dos principais equipamentos de proteção que constituem proteções coletivas para atividades realizadas nos setores em questão, sobretudo no setor elétrico.


DISPOSITIVOS DE SECCIONAMENTO.




Chaves Fusíveis





São dispositivos automáticos de manobra (conexão e desconexão), que na ocorrência de sobre-corrente (corrente elétrica acima do limite projetado) promove a fusão do elo metálico fundível (fusível), e conseqüentemente a abertura elétrica do circuito.
Dessa forma, quando há uma sobrecarga, o elo fusível se funde (queima) e o trecho é desligado.

Normalmente em rede de distribuição elétrica estão instaladas em cruzetas. Também permitem a abertura mecânica, devendo ser operadas por dispositivo de manobra, a exemplo de vara de manobra.


Seccionalizador tipo cartucho eletrônico - crs





O seccionalizador eletrônico é composto de uma base (cartucho) com um módulo eletrônico, pode-ser instalado em qualquer tipo de corta circuito equivalente, portanto é intercambiável.














Chaves Facas






São dispositivos que permitem a conexão e desconexão mecânica do circuito. Geralmente estão instaladas em cruzetas e são usadas na distribuição e transmissão.





Existe dois tipos: mecânica e telecomandada.



Religadoras





Religadoras automáticas telecomandadas



Outras Medidas de proteção Coletiva


10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.

DISPOSITIVOS DE ISOLAÇÃO ELÉTRICA

São elementos construídos com materiais dielétricos (não condutores de eletricidade) que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura que estão energizadas, para que os serviços possam ser executados sem exposição do trabalhador ao risco elétrico.

Têm de ser compatíveis com os níveis de tensão do serviço Normalmente são de cor laranja.

Esses dispositivos devem ser bem acondicionados para evitar sujidade e umidade, que possam


torná-los condutivos.


Também devem ser inspecionados a cada uso.


Exemplo





Proteções rede secundárias, construídas com materiais isolantes rígidos ou flexíveis.











Proteção rede primária utilizado pela linha viva.




Manta de borracha (lençol inteiriço ou partido)














São de polietileno rígido ou borracha flexível.




Luvas e Mangas de borracha


SINALIZAÇÃO



Placa de sinalização






BARREIRA, IMPEDIMENTO DE REENERGIZAÇÃO, INVÓLUCRO, ISOLAMENTO ELÉTRICO, OBSTÁCULO E TRAVAMENTO
Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com partes energizadas das instalações elétricas.
Impedimento de Reenergização: condição que garante a não energização do circuito através de recursos e procedimentos apropriados, sob controle dos trabalhadores envolvidos nos serviços.
Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado a impedir qualquer contato com partes internas.
Isolamento Elétrico: processo destinado a impedir a passagem de corrente elétrica, por interposição de materiais isolantes.
Obstáculo: elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato direto por ação deliberada.
Travamento: ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de manobra fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma operação não autorizada.

Tudo que dificulta a aproximação a instalações elétricas, desde que construídas dentro de um padrão e dentro das normas de segurança prevista, podemos dizer ser um obstáculo ou barreiras.
Exemplos:

Grades de proteção (de metal ou isoladas), caixas de proteção, caixas brindadas de chaves elétricas, proteção isolante de barramentos etc.


PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS DIRETOS E INDIRETOS.






DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO


BLOQUEIO DO RELIGAMENTO AUTOMÁTICO

Bloqueio ou travamento é a ação destinada a manter, por meios mecânicos um dispositivo de manobra fixa numa determinada posição, de forma a impedir uma ação não autorizada.

Assim, dispositivos de travamento são aqueles que impedem o acionamento ou religamento de dispositivos de manobra. (chaves, interruptores)

Em geral utilizam cadeados. É importante que tais dispositivos possibilitem mais de um bloqueio, ou seja, a inserção de mais de um cadeado, por exemplo, para trabalhos simultâneos de mais de uma equipe de manutenção.

É importante salientar que o controle do dispositivo de travamento é individual por trabalhador.
Toda ação de bloqueio ou travamento deve estar acompanhada de “etiqueta de sinalização”, com o nome do profissional responsável, data, setor de trabalho e forma de comunicação.

As empresas devem possuir procedimentos padronizados do sistema de bloqueio ou travamento, documentado e de conhecimento de todos os trabalhadores, além de etiquetas, formulários e ordens documentais próprias.

Cuidado especial deve ser dado ao termo “Bloqueio”, que no SEP (sistema elétrico de potência) também consiste na ação de impedimento de religamento automático de circuito, sistema ou equipamento elétrico.

Isto é, quando há algum problema na rede, devido a acidentes ou disfunções, existem equipamentos destinados ao religamento automático do disjuntor na subestação, que religam os circuitos automaticamente tantas vezes quanto for pré-programado e, conseqüentemente, podem colocar em perigo os trabalhadores.

Quando se trabalha em linha viva, é obrigatória a desativação desse equipamento, pois se eventualmente houver algum acidente ou um contato ou uma descarga indesejada o circuito se desliga através da abertura do disjuntor da subestação, desenergizando todo o trecho.

Essa ação é também denominada “bloqueio” do sistema de religamento automático e possui um procedimento especial para sua adoção.



Travamento de fonte de energia de máquinas industriais


O travamento de fontes de energia assegura que na realização de trabalhos com máquinas, equipamentos e instalações, estes estejam totalmente desenergizados.

Conceitos

ENERGIA: Qualquer fonte de alimentação de máquinas, equipamentos ou sistemas. As mais usuais são: elétrica, pneumática, mecânica e térmica.

ENERGIA RESIDUAL: Energia latente que pode se apresentar após o desligamento da fonte de alimentação.

(Ex: gravitacional, estática, térmica, pressão residual, etc).

ENERGIA ZERO: Condição do equipamento, instalação ou sistema, onde todas as formas de energia estão bloqueadas e ou desativadas.

DISPOSITIVO DE BLOQUEIO:




Qualquer dispositivo que previna fisicamente a transmissão ou liberação de energia, não se limitando a cortadores de circuitos elétricos, tendo ainda dispositivos para bloqueio de válvulas, registros, chaves, etc.














Travamento para disjuntores e interruptores elétricos.





CADEADO DE SEGURANÇA:

Fechadura portátil, numerada com o registro do empregado habilitado. Deve ser acoplado diretamente no equipamento a ser bloqueado (painel, válvula, etc.) e ou associados a um dispositivo de bloqueio (ex: dispositivo para múltiplos cadeados; cabos de aço; bloqueadores mecânicos, etc.).




Dispositivo para múltiplos cadeados e cabo de aço.











Dispositivo para múltiplos cadeados e cabo de aço.





CARTÃO DE TRAVAMENTO:




Documentos individuais, nominativos, que identifica a energia bloqueada e o responsável pelo bloqueio.








AÇÕES PARA TRAVAMENTO, BLOQUEIO E ACESSO À FONTES DE ENERGIA.





COMUNICAR: Ordem de reparo ou serviço: Solicitação formal feita pelo responsável do setor do equipamento e ou instalação, ao setor de manutenção, onde deve constar o tipo de equipamento, localização e as energias a serem bloqueadas.(O.S. ou O.R.).

ANALIZAR: Com base na ordem de reparo ou serviço, o responsável pela manutenção, em conjunto com o responsável do setor solicitante, devem analizar todos os riscos existentes e determinar as recomendações de segurança que devem ser aplicadas para a execução o serviço.

Nos casos de trabalho em altura, ambiente confinado, deverá ser emitida a A.E.S.(Autorização para a Execução de Serviço) e para Terceiros, esta deverá ser emitida para qualquer tipo de serviço.

BLOQUEAR e ETIQUETAR: Depois de cumpridas as etapas de comunicar e analisar deve-se proceder ao bloqueio e etiquetagem da fonte de energia, que são feitos por:

a) Dispositivos específicos (flange, cadeados de segurança, trava múltipla, etc.).

b) Cartão de travamento, do responsável pelo bloqueio.

c) Dispositivo para múltiplos cadeados, quando mais de uma pessoa estiver envolvida no trabalho.




TESTE DE ENERGIA:

Após bloqueadas as energias, deve-se fazer o teste de “ENERGIA ZERO”, para garantir a segurança do bloqueio. Os procedimentos e instrumentos para este teste serão definidos pelas áreas de manutenção de acordo com o tipo de energia.

LIBERAR A ATIVIDADE DE REPARO e MANUTENÇÃO:

Após cumpridas todas as etapas anteriores, e inspeção final do local, o equipamento e instalação estarão liberados para o início do serviço.


RELIGAR O EQUIPAMENTO OU SISTEMA:



Após efetuado o reparo deverá ser verificado se todos os sistemas de proteção estão em funcionamento e o equipamento esta seguro para voltar a operar. Em seguida serão retirados os dispositivos de bloqueio e cartões de travamento.







OBSERVAÇÕES:

Durante as mudanças de turno, se os equipamentos precisarem ser mantidos sem energia, a nova equipe que estiver assumindo o trabalho deverá substituir os dispositivos de bloqueio, o cadeado de segurança e o cartão de travamento.


RESPONSABILIDADES

CHEFIA DO SETOR SOLICITANTE:

Solicitar por escrito o tipo de serviço a ser executado (O.R. ou O.S.).
Comunicar e envolver todos os afetados com a paralisação do equipamento.

CHEFIA DO SETOR SOLICITADO:

 Analisar o serviço que esta sendo solicitado.

 Comunicar outras áreas envolvidas (outras manutenções).


 Controlar o cadeado de terceiros (fornecimento e guarda).


EMPREGADOS HABILITADOS:

 Aplicar corretamente todas as etapas do procedimento.

 Manter a guarda das chaves dos cadeados de segurança e etiquetas.


 Inspecionar o local após o desbloqueio, para liberação do serviço.

SUPERVISOR DAS ÁREAS DE MANUTENÇÃO:

 Fazer com que todos os envolvidos cumpram a diretriz.

 Fornecer os meios (suprimentos) necessários para o travamento de energias, incluindo os terceiros no caso de envolvimento dos mesmos.

DISPOSIÇÕES FINAIS:

 Em todos os serviços que envolvam aumento de carga em qualquer tipo de energia, o solicitante deverá informar às áreas de Engenharia de Fábrica e Engenharia de Construções e Utilidades, para aprovação.

 Nas trocas de turno, onde deva permanecer o bloqueio, a equipe que esta saindo deverá manter seus cadeados no local até que o responsável pelo setor (encarregado, líder, etc.) se dirija ao local onde esta aplicado o bloqueio e libere os mesmos com auxílio de chave mestra sob sua responsabilidade, para em seguida ser aplicado os cadeados da equipe que esta assumindo o serviço.

Obs: a guarda dos cadeados retirados é de responsabilidade do encarregado, líder, etc. que realizou o desbloqueio.

 Áreas de Engenharia e Manutenção na aquisição de novos equipamentos, os mesmos deverão ser providos de meios para travamento de energia.

LEMBRE-SE

SEMPRE CUMPRA OS PROCEDIMENTOS
DE SEGURANÇA, QUEM FAZ SUA SEGURANÇA


É VOCÊ MESMO.


DISPOSITIVOS CONTRA QUEDA DE ALTURA

• Esporas:





Duplo T: utilizados para escalar postes duplo T. É de aço redondo com diâmetro de 16 mm ou mais, com correias de couro.




Ferro Meia Lua (redonda): utilizada para postes de madeira. É de aço, com estribo para apoio total do pé, correias de couro, e três pontas de aço para fixação ao poste.



Espora Extensível: utilizadas para escalar postes de madeira.



Composta por haste em forma de “J” com duas almofadas.







Escadas


Escada extensível portátil de madeira.

Escada extensível de fibra de vidro.

Esta é muito mais adequada que a de madeira, pois é mais leve e mais isolante que a de madeira.

Escada extensível de madeira ou de fibra de vidro para suporte giratório
Escada singela de madeira ou fibra de vidro.



Escada para trabalhos em linha viva.









Cestas Aéreas


Confeccionadas em PVC, revestidas com fibra de vidro, normalmente acoplado ao guindauto ou a equipamento isolado para linha viva.
Pode ser individual ou duplo.
Utilizado principalmente nas atividades em linha viva, pelas suas características isolantes e devido a melhor condição de conforto em relação à escada.
Os movimentos do cesto possuem duplo comando (no veículo e no cesto) e são normalmente comandados no cesto. Tanto as hastes de levantamento como os cestos devem sofrer ensaios de isolamento elétrico periódico e possuir relatório das avaliações realizadas.















Equipamento em testes de isolação


Plataformas

Plataformas para degraus de escada Isolantes.

Em fibra de vidro ou madeira.

Extensão isolante para grua.

Em fibra de vidro ou madeira.

Plataformas e gaiolas

Confeccionadas em fibra de vidro e alumínio e também utilizada em linha viva.




Gaiola em grua dotada de extensão


Plataforma para Linha viva.

www.ritzbrasil.com.br/





Utilizadas na manutenção da rede de distribuição e transmissão no método de linha viva ao contato ou a distancia.

ANDAIME MODULAR ISOLANTE








O ANDAIME MODULAR ISOLANTE é um equipamento indispensável nas intervenções em instalações elétricas de alta tensão energizadas, principalmente em subestações, proporcionando uma condição extremamente segura de acesso e posicionamento do eletricista, em alturas até 15 metros, para a realização dos mais diversos tipos de trabalho, pelos métodos à distância e ao potencial.





www.ritzbrasil.com.br/port/04_04_04_01.htm

Como montar uma andaime modular isolante

http://www.ritzbrasil.com.br/animation/tutor_01.swf

DISPOSITIVOS DE MANOBRA

http://www.ritzbrasil.com.br/port/04_04_02_03.htm

São instrumentos isolantes utilizados para executar trabalhos em linha viva e operações em equipamentos e instalações energizadas ou desenergizadas onde existe possibilidade de energização acidental, tais como:

 Operações de instalação e retirada dos conjuntos de Aterramento e curtocircuitamento temporário em linhas desenergizadas. (distribuição e transmissão);

 Manobras de chave faca e chave fusível;

 Retirada e colocação de cartucho porta fusível ou elo fusível;

 Operação de detecção de tensão;

 Troca de lâmpadas e elementos do sistema elétrico;

 Poda de árvores;

 Limpeza de rede.

Varas de manobras

São fabricadas com materiais isolantes, normalmente em fibra de vidro e epóxi, e, em geral, na cor laranja. São segmentos (aprox. 1 m cada) que se somam de acordo com a necessidade de alcance.


São providas de suporte universal e cabeçote, onde na ponta pode-se colocar o detector de tensão, gancho para desligar chave fusível ou para conectar o cabo de aterramento nos fios, etc. Nesta ponta há uma “borboleta” onde se aperta com a mão o que se deseja acoplar.

As varas mais usuais suportam uma tensão de até 100 KV para cada metro.
Sujidades (poeiras, graxas) reduzem drasticamente o isolamento. Por isso, antes de serem usadas devem ser limpas de acordo com procedimento.

Outro aspecto importante é o acondicionamento para o transporte, que deve ser adequado. Para tensões acima de 60 KV devem ser testadas quanto à sua condutividade antes de cada uso, com aparelho próprio.


Bastões


São similares e do mesmo material das varas de manobra.
São utilizados para outras operações de apoio e serviço de linha viva a distancia.
Nos bastões de salvamento há ganchos para remover o acidentado.

INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE TENSÃO E AUSÊNCIA DE
TENSÃO

São pequenos aparelhos de medição ou detecção acoplados na ponta da vara que serve para verificar se existe tensão no condutor.

Antes do início dos trabalhos em circuitos desenergizados é obrigatório a constatação de ausência de tensão através desses equipamentos Esses aparelhos emitem sinais sonoros e luminosos na presença da tensão.


Este equipamento sempre deve estar no veículo das equipes de campo.

É freqüente improvisações na verificação da tensão, ou não usarem o aparelho, fato que tem gerado acidentes graves.

Esses instrumentos devem ser regularmente aferidos e possuírem um certificado de aferição

São encontrados os seguintes tipos:

 Detectores de tensão por contato;

 Detectores de tensão por aproximação;
 Micro amperímetro para medição de correntes de fuga - para medição de correntes de fuga em cestas aéreas, escadas e andaimes isolantes nas atividades de manutenção em instalações.

 Micro-Amperímetro tipo Micro Tester

Utilizado para medição de corrente de fuga nos ensaios elétricos de campo do ANDAIME; possui escala de 0 a 200 micro ampéres.

ATERRAMENTOS

10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.
INTRODUÇÃO

Por se tratar de um fator preponderante para o bom desempenho e segurança de um sistema elétrico e, mais ainda, para garantir os limites dos níveis de segurança pessoal, o quesito aterramento deve sempre merecer uma atenção especial.

Normalmente, o sistema de aterramento de linhas de distribuição trifásicas, bifásicas e monofásicas com neutro físico é meramente uma medida protetora; portanto, a corrente flui no circuito de terra somente durante um curto ou sob condições de desequilíbrio.

Por outro lado, no caso da linha MONOFILAR COM RETORNO POR TERRA - MRT -, na qual o solo é o “condutor” de retorno da corrente, o sistema de aterramento instalado conduz a corrente de carga do circuito tanto quanto qualquer corrente de curto na linha, o que leva à necessidade de atenção especial para o aterramento das linhas MRT.

Pode vir a acontecer que, em algumas regiões, em que os solos apresentem alta resistividade, sejam necessários complexos sistemas de aterramento, os que aumentarão consideravelmente os seus custos e poderá vir a inviabilizá-los economicamente.

Em síntese, os principais objetivos do sistema de aterramento de uma linha de distribuição são:

 No caso de linhas com fase(s) e neutro físico, garantir a eficiência dos mesmos, limitando em valores adequados os deslocamentos do neutro, por ocasião de ocorrência de faltas a terra.

 Permitir a terra ser um retorno de corrente no caso da linha MRT.
 Garantir a segurança pessoal, através da limitação das diferenças de potencial de passo e de toque a valores aceitáveis, quando da ocorrência de circulação de correntes pelo neutro, em condições normais ou de surto.

 Fazer com que os equipamentos de proteção sejam mais sensibilizados e isolem o mais rapidamente possível as faltas a terra.

 Escoar as cargas estáticas geradas nas carcaças dos equipamentos.

 Viabilizar o escoamento de sobre-tensões indesejáveis para a terra, limitando as tensões transferidas ao longo da rede, em conseqüência da incidência de surtos atmosféricos.

Denomina -se aterramento a ligação com a massa condutora da terra, os aterramentos devem assegurar de modo eficaz a fuga de corrente para a terra, propiciando as necessidades de segurança e de funcionamento de uma instalação elétrica.

O valor da resistência de aterramento deve satisfazer às condições de proteção e funcionamento da instalação elétrica, de acordo com os esquemas de aterramento.

ATERRAMENTO ELÉTRICO

O aterramento elétrico cumpre a finalidade principal de:

 Sensibilizar a proteção para que sua atuação seja eficiente e segura;

 Os potenciais de toque e passo sejam menores que os limites da fibrilação do coração;

 Escoar as cargas estáticas, equalizando os potenciais.

Aterramento elétrico fixo em Equipamentos

Esse sistema de proteção coletiva é obrigatório nos invólucros, carcaças de equipamentos, barreiras e obstáculos aplicados às instalações elétricas, fazendo parte integrante e definitiva delas.

Visa assegurar rápida e efetiva proteção elétrica, assegurando o escoamento da energia para potenciais inferiores (terra), evitando a passagem da corrente elétrica pelo corpo do trabalhador ou usuário, caso ocorra mau funcionamento (ruptura no isolamento, contato acidental de partes).
É visível e muito comum nas subestações, cercas e telas de proteção, carcaças de transformadores e componentes, quadros e painéis elétricos, torres de transmissão, etc..

Nos transformadores, há o terminal de terra conectado ao neutro da rede e ao cabo de pára-raios.

Aterramento fixo em redes e linhas

Quando o neutro está disponível estará ligado ao circuito de aterramento. Neste caso (freqüente) o condutor neutro é aterrado a cada 300 m, de modo que nenhum ponto da rede ou linha fica a mais de 200 m de um ponto de aterramento.

Aterramento fixo em estais.

Os estais de âncora e contra poste são sempre aterrados e conectados ao neutro da rede se estiver disponível. O condutor de aterramento é instalado internamente ou externamente ao poste, sempre que possível.

Aterramento de veículos.

Nas atividades com linha viva de distribuição, o veículo sempre deve ser aterrado com grampo de conexão no veículo, grampo no trado e cabo flexível que liga ambos.

ATERAMENTO PARA COMPUTADORES


Como normalmente as residências (95%) não possuem o fio terra o indicado para a instalação de um computador a solução é utilizar estabilizador de carcaça plástica, pois para ser um isolante evita 100% dos choques elétricos sendo essencial para o funcionamento dos computadores. Normalmente são colocados no chão onde o perigo torna-se de alto risco, pois os adultos e principalmente as crianças poderão tomar um choque, porque os caixas dos estabilizadores normalmente são metálicos e na instalação não se usa o terra, correndo um constante perigo.
Os usuários que estão nesta situação devem trocar urgentemente o estabilizador por um de gabinete plástico ou regularizar a sua instalação.
Esquemas de Aterramento
A NB-3 fixa os seguintes esquemas de aterramento:
Obs: Para classificar os esquemas de aterramento é utilizada a seguinte simbologia:
 A primeira letra representa a situação da alimentação em relação a terra
o T = um ponto diretamente aterrado.
o I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através de uma impedância.
 A segunda letra representa a situação das massas da instalação elétrica em relação a terra.
o T = massas diretamente aterradas, independente do aterramento eventual de um ponto da alimentação.
o N = massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado ( em CA o ponto aterrada é normalmente o neutro );
 Outras letras indicam a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção.
o S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos.
o C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor.(condutor PEN)
Esquema TN
Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a esse ponto através de condutor de proteção, são considerados 3 tipos de esquemas TN :
o TN-S, o condutor neutro e o de proteção são distintos.

o TN-C-S, o condutor neutro e o de proteção são combinados em um único condutor em uma parte da instalação.

o TN-C, o condutor neutro e o de proteção são combinados em um único condutor ao longo de toda a instalação.
Esquema TT
Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligado as a eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da alimentação.
Esquema IT
Este esquema não possui nenhum ponto de alimentação diretamente aterrado, somente as massas da instalação são aterradas.
Ligações à Terra
Os aterramentos podem ser ligados em conjunto ou separadamente, para finalidades de proteção ou funcionais de acordo com as exigências da instalação, no Brasil a maioria das instalações são separadas apesar da terra ser sempre terra, as concessionárias de força e de telefonia sempre exigem seus terras independentes, sem falar das companhias de informática que também querem o seu. Aterramentos separados causam diferença de potencial entre eles o que pode causar problemas na instalação, a NB-3 recomenda que seja instalado um condutor principal de equipotencialidade que reúna :
 Condutor de proteção principal.

 Condutor de aterramento principal.

 Condutor de aterramento dos sistemas.
Eletrodos de Aterramento
O tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos de aterramento devem ser de acordo com as condições do solo, a eficiência de qualquer eletrodo depende das condições do local, o projeto deve considerar o desgaste do eletrodo devido a corrosão, aqui no Brasil os eletrodos mais usados são os do tipo Copperwel.
Na instalação dos eletrodos deve tomar o cuidado do tipo de fechamento da malha se em triangulo ou linear, todos sabemos que para efeito de curto - circuito o fechamento linear é mais eficiente, para correntes de descarga atmosféricas o fechamento mais indicado é o triangulo.
Mas como atender aos 2 casos se deve haver equipotencialidade entre os aterramentos ?
É simples o que interessa a corrente de fuga é como ela vê o aterramento antes de sua chegada a malha, ou seja, os cabos de descida dos sistemas de pára-raios devem ser interligados em eletrodos que inicialmente possam propiciar fácil escoamento, ou seja, as primeiras hastes devem estar interligadas na forma de triangulo, o restante da malha não interessa.
O eletrodo de aterramento preferencial numa edificação é o constituído pelas armaduras de aço embutidas no concreto das fundações das edificações.
NOTAS
1- A experiência tem demonstrado que as armaduras de aço das estacas, dos blocos de fundação e das vigas baldrames, interligadas nas condições correntes de execução, constituem um eletrodo de aterramento de excelentes características elétricas.

2- As armaduras de aço das fundações, juntamente com as demais armaduras do concreto da edificação, podem constituir, nas condições prescritas pela NBR 5419, o sistema de proteção contra descargas atmosféricas (aterramento e gaiola de Faraday, completado por um sistema captor).

3- Em geral os elementos em concreto pretendido não devem integrar o sistema de proteção contra descargas atmosféricas.
No caso de fundações em alvenaria, o eletrodo de aterramento pode ser constituído por uma fita de aço ou barra de aço de construção, imersa no concreto das fundações, formando um anel em todo o perímetro da estrutura.
A fita deve ter, no mínimo, 100 mm2 de seção e 3 mm de espessura e deve ser disposta na posição vertical. A barra deve ter o mínimo 95 mm2 de seção. A barra ou a fita deve ser envolvida por uma camada de concreto com espessura mínima de 5 cm.
Aterramento de proteção
Aterramentos na rede de distribuição.

Finalidade

Estabelecer critérios básicos para execução do sistema de aterramento das instalações e equipamentos utilizados na área de distribuição.
Tem ainda, como objetivo, identificar eventuais condições inseguras nas instalações elétricas de edifícios até o centro de medição.

CONCEITOS BÁSICOS

O aterramento do neutro da rede, pára-raios, reguladores, religadores, chaves a óleo, transformadores, etc., destina-se à proteção de pessoas e do próprio equipamento contra descargas atmosféricas e vazamentos de corrente, conduzindo à terra as correntes e assegurando o bom funcionamento dos equipamentos de proteção do sistema elétrico.

É aconselháveis a existência do neutro contínuo e multiaterrado nos seguintes casos:

 Área urbana com rede secundária.

 Área urbana com rede secundária e primária.

 Alimentadores – desde a S/E (o neutro é interligado ao sistema de terra da S/E) até a área urbana onde é interligado ao neutro da rede.

 Nos alimentadores extensos e de linhas rurais.

Nos locais onde existe o neutro contínuo e multiaterrado, os aterramentos estão todos interligados e se auxiliam mutuamente.
Nos casos onde não existe neutro, contínuo e multiaterrado, o aterramento local deve ser auto-suficiente.

ATERRAMENTO SIMPLES

 É aplicado somente onde existe o neutro comum e multiaterrado.

 Há duas formas de instalar o condutor de descida :

1. Internamente ao poste de concreto, quando o aterramento é executado junto com a rede.
2. Externamente ao poste, quando o aterramento é executado em poste de concreto existente ou de madeira.

O aterramento simples deve ser instalado nos seguintes pontos da rede de distribuição urbana:

 Nos transformadores de distribuição.

 Nos seccionamentos e fins de linha das redes secundárias.

 A cada 300m, aproximadamente, de modo que nenhum ponto da rede fique a mais de 200m de um ponto de aterramento, seja este aterramento simples ou especial.

Aterramento Simples Condutor Externo ao Poste ou poste de madeira.


NOTAS

1. O condutor neutro da rede deverá ser interligado ao terra com grampo paralelo ( ponto1).

2. Este tipo de aterramento deve ser utilizado em postes de madeira ou poste de concreto já implantado.

3. No trecho entre os pontos A e B deverá ser utilizado fio 6 Cu e no trecho entre os pontos C e D arame de aço zincado n. 4 BWG ou equivalente.

Aterramento Simples Condutor Interno ao Poste

NOTAS

1. O condutor neutro da rede deverá ser interligado ao terra com grampo paralelo ( ponto 1 ).

2. No trecho entre os pontos A e B deverá ser utilizado fio 6 Cu e no trecho entre os pontos C e
D arame de aço zincado n. 4 BWG ou arame cobreado.

Aterramento Simples Condutor Interno e externo ao poste ao Poste – Relação de material.


ATERRAMENTO ESPECIAL NA REDE COM NEUTRO MULTIATERRADO

O aterramento especial deve ser executado nos seguintes pontos da rede de distribuição urbana:

 Chaves à óleo.

 .Bancos de capacitores.

 Reguladores de tensão em poste.

 Religadores Seccionalizadores.

 Medições Primárias.

 Todos os aterramentos deverão ter medições de resistência de aterramento.


 Equipamentos de medição primária.


Haste cobreada.






Haste Zincada






NOTAS

1 - Tomar cuidados especiais para evitar que os eletrodos de terra fiquem encostados ou muitos próximos de encanamentos enterrados na calçadas.

2 - O anel que circunda o poste, destina –se a reduzir a tensão de passo e de toque em ocasiões de defeito.

3. O condutor neutro da rede, deverá ser interligado ao sistema de terra, através de grampo paralelo e protegido por massa calafetadora.

4. Fixar o cano com bandagens de 5 voltas de arame de aço zincado n. 12 BWG espaçados ou com fita adequada.

ATERRAMENTO ESPECIAL NA ENEXISTÊNCIA DE NEUTRO MULTIATERRADO.





Este tipo de aterramento, será utilizado para Chaves a óleo, Bancos de capacitores, Reguladores de tensão em poste, Religadores, Seccionalizadores, Medições Primárias, pára raios em linhas rurais, transformadores rurais, sempre que no local do aterramento não houver neutro contínuo e multiaterrado.

-Quando os referidos equipamentos forem instalados próximos à malha do neutro multiaterrado, deverá ser feita a extensão do neutro, através da posteação existente, até o poste do equipamento e interligar com o aterramento especial.
Aconselha-se que essa extensão deverá ser feita sempre que o equipamento distanciar até 500m do neutro da rede ou a distâncias maiores quando as condições do solo não permitirem a obtenção de baixos valores de resistência de aterramento.
A bitola desse condutor neutro poderá ser escolhida conforme a Tabela 1 a seguir:


TABELA 1 - Bitola do Neutro em Função da Bitola dos Condutores da Rede
Primária



NOTA:

A bitola entre parênteses é recomendável ser usadas nas saídas de subestações até 50m para dentro da cidade.

É recomendável que os equipamentos distem mais de 50m de residências, currais, bicas de água, granjas etc.

O aterramento básico será constituído de dois anéis concêntricos de cabo de cobre nº 2 AWG ou compatíveis enterrados a profundidade diferentes com o intuito de atenuar as tensões de passo e de toque, eventualmente ocasionadas por vazamentos elétricos na estrutura, e de quatro hastes emendadas ou não, dependendo do grau de penetrabilidade do terreno, conectadas ao anel externo e igualmente espaçadas entre si.

O aterramento básico poderá ser complementado pelos módulos adicionais de aterramento, mostrados, que são constituídos de duas hastes, emendáveis ou não, e 6m de cabo de cobre nº 2 AWG ou compatível.

O projetista poderá orçar, além do aterramento básico, 1 a 8 módulos adicionais, dependendo do resultado da medição de resistividade efetuada no local, adotando-se a opção mais econômica encontrada no projeto de aterramento.

O número máximo de pontos de fincamento das hastes será 20 considerando 1 haste em cada ponto (o número máximo de hastes será 20).


Nos casos em que for necessário fincar em cada ponto mais de uma haste emendada, deverá ser reduzido proporcionalmente o número de pontos de fincamento de modo a não ultrapassar os números máximos de 20 hastes, executando sempre, no mínimo o aterramento básico.

Nos casos em que o projeto indique que não será possível obter a resistência máxima admissível com 20 hastes, deverá ser verificada a possibilidade de utilizar o aterramento em profundidade.


ATERRAMENTO DE TRANSFORMADORES RURAIS.

Para transformadores na zona rural, deverá ser empregado o Aterramento de Transformadores Rurais.

Além do módulo básico deverão ser utilizados tantos módulos adicionais (máximo de 8 que totaliza 20 hastes) quantos forem necessários para obter o valor de resistência de aterramento indicado na tabela.

É Recomendável,que os transformadores rurais fiquem localizados distantes de no mínimo 30 metros das edificações que abriguem pessoas ou animais.

Distâncias menores que a citada, aumentam os riscos às exposições das tensões perigosas de toque ou de passo, durante a ocorrência de surtos atmosféricos e curto-circuito.

É recomendável que o neutro da rede secundária rural seja aterrado um vão antes das residências ou de outros pontos de consumo de energia elétrica.

Devem ser conectados ao mesmo condutor de descida ao aterramento: a carcaça do transformador, pára-raios e quadro de medidores.

ATERRAMENTO DE TRANSFORMADORES DE PEQUENAS LOCALIDADES

Se uma pequena localidade possuir mais de 4 transformadores de distribuição com os neutros interligados sugere-se instalar aterramentos simples.

Se uma pequena localidade possuir até 4 transformadores, sugere-se s aplicar aterramentos simples e o transformador que estiver no local de mais fácil aterramento deverá ser aterrado, além do módulo básico deverão ser utilizados tantos módulos adicionais (máximo de 8 que totaliza 20 hastes) quantos forem necessários para obter o valor de resistência de aterramento indicado na tabela.

ATERRAMENTO EM PROFUNDIDADE

Este tipo de aterramento, executado com o equipamento de perfuração, é constituído de um cabo de cobre nº 2 AWG ou equivalente, de comprimento igual a profundidade perfurada, de modo que a resistência de aterramento obtida seja inferior a 25 ohms.

È recomendada sua instalação, em substituição ao aterramento especial na inexistência de neutro contínuo e multiaterrado, desde que seja constatada a sua vantagem econômica e elétrica.

Quando a camada mais profunda for de resistividade maior que a das camadas superiores esse aterramento não será vantajoso.

Aterramento monofilares com retorno por terra (MRT)

ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE ZINCADA – MÓDULO BÁSICO


NOTAS:

1) Todas as conexões devem ser cobertas com massa calafetadora;

2) Os anéis que circundam o poste, destinam-se a reduzir a tensão de passo e de toque em ocasiões de defeito.

3) As bandagens devem ser feitas com 5 (cinco) voltas de arame zincado 12 BWG, de 2 (dois) em 2 (dois) metros e no mínimo 3 (três) bandagens ou com fita de fixão.

ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE ZINCADA MÓDULOS BÁSICOS E ADICIONAIS





ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE ZINCADA DETALHES DAS CONEXÕES



NOTA: As presilhas “Crossby” devem ser instaladas em sentidos opostos, conforme detalhe “A”.
ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE COBREADA MÓDULOS BÁSICOS E ADICIONAIS





NOTAS:
1) Todas as conexões devem ser cobertas com massa calafetadora.

2) Os anéis que circundam o poste destinam-se a reduzir a tensão de passo e de toque em ocasiões de defeito.

3) As bandagens devem ser feitas com 5 (cinco) voltas de arame zincado 12 BWG, de 2 (dois) em 2 (dois) metros e no mínimo 3 (três) bandagens.






ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE COBREADA
INDICAÇÃO DAS CONEXÕES




NOTAS:

1. Módulo adicional: MA.

2. À configuração básica podem ser acrescentados de 1 a 8 módulos adicionais.


ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE COBREADA
INDICAÇÃO DAS CONEXÕES




ATERRAMENTO TEMPORÁRIO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO


Toda instalação elétrica somente poderá ser considerada desenergizada depois de adotado o procedimento de aterramento elétrico. O aterramento elétrico da linha desenergizada tem por função evitar acidentes gerados pela energização acidental da rede, propiciando rápida atuação do sistema automático de seccionamento ou proteção. Também tem o objetivo de promover proteção aos trabalhadores contra descargas atmosféricas que possam interagir ao longo do circuito em intervenção.


O aterramento temporário deve ser realizado em todos os circuitos (cabos) em intervenção através de seu curto-circuitamento, ou seja, da equipotencialização desses (colocar todos os cabos no mesmo potencial elétrico) e conexão com o ponto de terra.
Esse procedimento deverá ser adotado antes e depois do ponto de intervenção do circuito, salvo quando a intervenção ocorrer no final do trecho. Deve ser retirado ao final dos serviços.



A energização acidental pode ser causada por:

 Erros na manobra;

 Fechamento de chave seccionadora;

 Contato acidental com outros circuitos energizados, situados ao longo do circuito;

 Tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede;

 Fontes de alimentação de terceiros (geradores);

 Linhas de distribuição para operações de manutenção e instalação e colocação de transformadores;

 Torres e cabos de transmissão nas operações de construção de linhas de transmissão;

 Linhas de transmissão nas operações de substituição de torres ou manutenção de componentes da linha.

 Para cada situação existe um tipo de aterramento temporário.
O mais usado em trabalhos de manutenção ou instalação nas linhas de distribuição é um conjunto ou ‘Kit’ padrão composto pelos seguintes elementos:

 Vara ou bastão de manobra em material isolante e acessório, isto é, cabeçotes de manobra;

 Grampos condutores – para conexão do conjunto de aterramento com os pontos a serem aterrados;

 Trapézio de suspensão - para elevação do conjunto de grampos à linha e conexão dos cabos de interligação das fases, de material leve e bom condutor, permitindo perfeita conexão elétrica e mecânica dos cabos de interligação das fases e descida para terra;

 Trapézio tipo sela, para instalação do ponto intermediário de terra na estrutura (poste, torre), propiciando o jumpeamento da área de trabalho e eliminando, praticamente, a diferença de potencial em que o homem estaria exposto;

 Grampos de terra – para conexão dos demais itens do conjunto com o ponto de terra, estrutura ou trado;

 Cabos de aterramento de cobre, flexível e isolado;

 Trado ou haste de aterramento para ligação do conjunto de aterramento com o solo deve ser dimensionado para propiciar baixa resistência de terra e boa área de contato com o solo.

Todo o conjunto deve ser dimensionado considerando:

 Tensão da rede de distribuição ou linha de transmissão;

 Material da estrutura (poste ou torre);


PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO.

Nas subestações, por ocasião da manutenção dos componentes, se conecta os componentes do aterramento temporário à malha de aterramento fixa, já existente .



















A interligação das fases a um único cabo de descida para a terra, com um ponto intermediário de aterramento na estrutura, jumpeando a área de trabalho.

Antes da instalação do conjunto de aterramento, certificar-se de que o circuito realmente esta desligado, através do detector de tensão.

Cuidados especiais devem ser tomadas em linha desligadas, paralelas ou cruzando com linhas de transmissão, ou mesmo de distribuição, onde ocorrem os fenômenos da indução.

Nesse caso, o detector de tensão é ineficaz, sendo necessário medir a tensão do circuito fase por fase, através de aparelho adequado, a fim de verificar se a tensão é a nominal do circuito, revelando que a linha não foi desligada ou se é resultante da indução, quando a linha deve ser aterrada, para a realização dos serviços e ainda mesmo o pessoal deve trabalhar munido de luvas de borracha e proteção.

Na instalação do conjunto de aterramento temporário, o operador deve manter-se afastado dos cabos de interligação, atentar cuidadosamente a uma possível abertura de arco elétrico, e não conectar os cabeçotes à linha, diretamente com as mãos, mas através dos bastões apropriados, fazendo uso das luvas de borracha e de proteção de couro.

Nos serviços de construção ou manutenção de linhas, onde haja estiramento de condutores, devem ser aterrados as ancoragens provisórias e abertura de jumper, bem como tomar cuidados especiais em relação a contatos com outros circuitos energizados e descarga atmosférica.

Quando, na estrutura a ser aterrada, houver estai ou outros pontos ligados `a terra, deve-ser feito um “jumper” interligando todos os pontos aterrados, para equipotencialização do circuito.


Conjunto de Aterramento temporário primário



ATERRAMENTO SECUNDÁRIO


Na instalação do conjunto de aterramento secundário temporário, após verificar a ausência de tensão com o detector de tensão, devem-se inicialmente ligar um grampo de torção ao neutro da rede e em seguida os demais grampos de torção aos condutores restantes.

Para a retirada, efetuar a operação na ordem inversa.

A inobservância destes requisitos considerada falta grave, pois podem ocasionar graves acidentes.

Todas vezes que um equipamento de aterramento for submetido a um curto circuito, devem ser examinados minuciosamente e testado, antes de ser usado novamente.

Cabe a cada um inspecionar periodicamente, zelar e fazer bom uso do equipamento de aterramento, bem como encaminhá-lo a manutenção, quando necessário.

Só devem ser usados equipamentos de aterramento aprovado por sua empresa, sendo proibido qualquer improvisação.

Modelos de aterramentos secundários








Nota:
Quando houver consumidor com geração própria, interligado à rede onde será executado algum trabalho, o ramal do consumidor deve ser desligado e aterrado.

Ao se desligar um circuito que tenha banco de capacitores, aguardar cerca de 20 minutos para aterrá-lo ou descarregá-lo através do uso do bastão apropriado.



Detectores de Tensão
Detectores de Tensão por Contato

É um instrumento detector de tensão CA por contato que deve ser utilizado em conjunto com Vara ou Bastão de Manobra. Seu circuito eletrônico de concepção atualizada permite uma resposta segura e precisa, através de indicações luminosas e sonoras.
Sua utilização é indispensável nas operações de manutenção em instalações de corrente alternada (linhas de transmissão, distribuição, subestações, cubículos, etc), para permitir ao eletricista certificar-se que o local de trabalho está desenergizado, possibilitando assim a instalação do conjunto de aterramento temporário, que garantirá a segurança necessária à execução das tarefas.

O design CIRCULAR possibilitou a criação de um equipamento mais leve, além de permitir ao eletricista uma melhor visualização do ponto a ser testado.
CT - Modelo Tradicional - equipados com chave liga/desliga/teste.



http://www.fergonmaster.com.br/